Essa semana vi um post no Facebook de uma prima minha intitulado "Família, lugar de perdão". O texto tem sido repassado principalmente pelo WhatsApp e sua autoria vem sendo dada ao Papa Francisco, porém não passa de um boato. No entanto, seja de quem for a autoria, o texto é muito, muito bom. Segue abaixo (se você, assim como eu, já o recebeu via WhatsApp, pode pular essa parte, mas se não, vale a pena ler, rs):
Não existe família perfeita. Não temos pais perfeitos, não somos perfeitos, não nos casamos com uma pessoa perfeita nem temos filhos perfeitos. Temos queixas uns dos outros. Decepcionamos uns aos outros. Por isso, não há casamento saudável nem família saudável sem o exercício do perdão. O perdão é vital para nossa saúde emocional e sobrevivência espiritual. Sem perdão a família se torna uma arena de conflitos e um reduto de mágoas.Sem perdão a família adoece. O perdão é a assepsia da alma, a faxina da mente e a alforria do coração. Quem não perdoa não tem paz na alma nem comunhão com Deus. A mágoa é um veneno que intoxica e mata. Guardar mágoa no coração é um gesto autodestrutivo. É autofagia. Quem não perdoa adoece física, emocional e espiritualmente.E por isso que a família precisa ser lugar de vida e não de morte; território de cura e não de adoecimento; palco de perdão e não de culpa. O perdão traz alegria onde a mágoa produziu tristeza; cura, onde a mágoa causou doença.
Sabem, ultimamente tenho visto muitos discursos exigindo a perfeição do outro. Parece que nos esquecemos do quão falhos somos. Do quanto decepcionamos as pessoas ao nosso redor. Do quanto as magoamos.
Precisamos do perdão para seguir em frente. Perdoar uns aos outros, perdoar-nos. Obviamente que aqui não estou falando de situações extremas - ainda que eu ache que caiba o perdão em situações extremas também, porém a convivência acaba prejudicada.
Família é um núcleo difícil. Dificílimo. Sabemos o melhor e o pior uns dos outros. Convivemos com estes reveses todos. E a convivência traz uma intimidade que às vezes abre portas para que se pense menos no que se fala, para que se acredite que o outro tem o poder de adivinhar o que desejamos, para que ultrapassemos alguns limites. E isso magoa. Machuca. Porém, pela família, pelos laços, as pessoas se mantém juntas, salvo casos raros. E para isso precisamos no perdão.
O perdão enobrece, nos torna melhores. Nos faz mais generosos, mais amáveis. E, principalmente, a noção da necessidade do perdão nos torna melhores, pois entendemos melhor os outros e lhes concedemos o perdão também. E como é difícil perdoar! Colocamos tantos empecilhos, tantos motivos para não fazê-lo! Porém ele é parte necessária de um cotidiano mais leve.
Que possamos perdoar aos outros, mas principalmente, perdoar a nós mesmos. Somente com este perdão seremos capazes de lidar com nossas frustrações de peito aberto e enfrentar o mundo com o que ele tiver a oferecer.
Beijão!
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