Cada ser é único em suas vivências, experiências, objetivos, ações. Nossa história é diferente, mesmo entre irmãos que conviveram juntos, pois as percepções de mundo que temos tornam estas vivências mais ou menos significativas para cada um. E aprendemos. Com nossa história, com nossas experiências, nossos posicionamentos, com o que vemos, ouvimos. Aprendi tanta coisa nestes 32 (!!!) anos!
Aprendi por exemplo que eu preciso cuidar de mim mesma mesmo quando as coisas não vão bem. Não porque outros não cuidarão, mas porque preciso não depender de outros para ser feliz. Aprendi que essa dependência do outro faz mais mal que bem, pois no período em que deleguei minha felicidade aos outros, ela não veio da forma como gostaria. Porque o outro não era eu. E com isso, aprendi que todos somos diferentes e não posso esperar que o outro faça aquilo que eu faria, simplesmente porque ele é outro. E não é justo que eu cobre do outro, aquilo que é relativo a mim.
Aprendi também que eu sou responsável pelo que faço, mesmo quando faço o que não quero, e delegar a responsabilidade pelos meus atos a alguém ou a uma situação, só me tira as rédeas de minha própria vida. É mais fácil, cômodo e tira um tanto de culpa. Mas ao mesmo tempo percebi que a culpa também tem seu lado positivo, pois é através dela que me proponho a não fazer mais as coisas que a causaram.
Aprendi também a nem sempre fazer concessões e dizer mais às pessoas aquilo que elas precisam ouvir - sempre educadamente. Meu trabalho e atividades fora dele exigem de mim que ensine, explique, oriente e também corrija, aponte caminhos e soluções. E o tempo me ensinou que nem sempre passar a mão na cabeça das pessoas ajuda. Pois algumas esperam que isso seja feito para prosseguir nos mesmos erros. Então, às vezes é preciso ser sincero e corrigir o que é preciso, para ajudar o outro a crescer. E crescimento nem sempre é fácil e às vezes precisa ser doloroso para ser efetivo.
Neste ínterim acabei aprendendo também e não levar para o pessoal todas as impressões que as pessoas têm a meu respeito, principalmente quando se trata de pessoas que conheço de contatos mais esporádicos e não pessoalmente. Aprendi a conviver melhor com os erros e maus julgamentos dos outros e entendi que julgamentos que possam fazer a meu respeito dizem muito mais sobre quem o faz do que sobre mim. E que relevar na maioria das vezes é mais sábio.
Também tenho aprendido a lidar com mágoas e rancores de maneiras mais objetivas. A sofrer o que é preciso, a gritar quando a dor viver, a protestar, reclamar, mas depois deixar passar. Porque o que não me faz bem não precisa incomodar por mais tempo que o suficiente.
E finalmente, aprendi que pôr em prática tudo isso é muito bom, mas muito difícil também. Portanto é preciso pensar, repensar, errar, corrigir e tentar infinitamente. Sim, a vida é uma só, e exatamente por isso precisamos fazer nosso melhor, pois é algo pessoal e intransferível.
* Este post faz parte da Postagem Coletiva do mês de setembro do Projeto Escrita Criativa.
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