Hoje acordei questionadora. Sobre mim. Minha vida. Os rumos que ela vem tomando. Mas, principalmente sobre o meu não emagrecimento. A grande maioria das pessoas que chegam no ponto em que cheguei, daquela obesidade extrema que não se suporta mais, sofre do mesmo problema: falta de estímulo/vontade/coragem/ânimo/etc. Estar gordo demais é mais do que motivo para começar uma dieta, certo? No meu (e em muitos) caso não.
Se detestar como está, odiar o simples fato de ter que acordar e encarar a vida lá fora, e muitas vezes desejar morrer não é o suficiente para ter a força de vontade necessária para emagrecer. Não, isso não faz sentido. É idiota, imbecil, asqueroso. Mas é uma realidade. Que só quem passa por isso, só quem chega nesse ponto é que consegue entender. Quanto pior se está, menor a força de vontade para mudar. Quanto pior nos sentirmos, quanto mais nos detestarmos, menos força para a mudança surgirá.
A vida não faz sentido. Eu ter emagrecido tudo o que queria e ter praticamente dobrado de peso não faz sentido. Sentir dores e limitações como as que sinto e não conseguir mudar isso não faz sentido. Essa é uma luta solitária no dia a dia. São poucas as pessoas que se entendem, e geralmente elas estão longe uma da outras.
Só sei que, no meu caso, antidepressivos e remédios faixa preta só pioraram a situação. Ou, na melhor das hipóteses, não melhoraram nada. Se, por um lado, venci (por hora) a ansiedade, por outro lado a insônia, tristeza e vontade de não fazer absolutamente nada da minha vida prosseguem do mesmo jeito. Mas acho que chegou a hora de ir em um psiquiatra e enfrentar todo esse meu psicológico estragado. Porque ele sempre foi frágil e disso eu sempre soube. Mas dessa vez, mais do que nunca, preciso que ele se fortaleça. Minha saúde sempre foi frágil, sempre convivi com dores, mas tudo isso está chegando ao limite. Sozinha eu sei que não consigo.
Nutricionistas e endocrinologistas aqui da região não me ajudaram em nada. Se dietas "normais" funcionassem comigo, eu não precisaria deles. Porque nós todos sabemos o que é preciso fazer, de "normal". Mas se eu fosse "normal" conseguiria resultados normais. Nunca nenhum médico me pediu um exame completo, "de cabo a rabo", para ver se eu tenho alguma deficiência nutricional, ou sei lá, São sempre os mesmos embasamentos: triglicérides, colesterol, glicemia. Esses meus níveis nunca passaram muito da normalidade. Mesmo quando me alimentei da pior maneira. Então não é por aí.
Sei lá, hoje estou insatisfeita e querendo soluções. Quem sabe nas férias eu encontre algum profissional que consiga de verdade alguma coisa. O que é difícil no interior. Mas não vou desistir.
Bjs.
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