Hoje foi um dia interessante. Fiz as mesmas coisas de sempre, do jeito de sempre. Mas o desfecho disso tudo me trouxe um novo olhar sobre mim mesma. Às vezes passamos pelas mesmas situações repetidas vezes e nos deixamos levar por elas. De repente (não mais que de repente!) você tem um "estalo" e, voilà, percebe que é preciso mudar as coisas.
Foto: Amorphes Ding
Hoje fui à minha médica, e tive um prognóstico sobre o meu problema. Não é labirintite, mas os sintomas são dela sim. Enfim, o que é na verdade, deixemos por baixo dos panos, porque não é nada demais, e nem algo de difícil resolução. Só prefiro não dar IBOPE (na verdade não me importaria, mas aí eu teria que arcar com más interpretações, e estou sem saco pra isso, sinceramente) pra isso e vamos lá. Mas, conversando com ela (sou amiga pessoal dela, então ela me "lê" melhor que outros médicos), refleti bastante sobre diversas "pautas" do dia, e sim, vou mudar algumas coisas.
Somos a consequência dos nossos atos. E do quanto deixamos que os atos dos outros nos afetem. Esse é o X da questão. Nada do que fizermos fica sem consequências. Isso é fato. No entanto, muitas vezes o que nos afeta e machuca são as coisas que os outros fazem.
Foi aí que refleti e achei que está na hora de parar de me preocupar com os outros, e passar a me preocupar mais comigo. Vejam bem: aqui não há nenhum discurso sobre "umbiguismo". Devemos sempre evitar magoar os outros, e isso eu tenho por regra pessoal. Mas acho que agora é hora de me desapegar um pouco. Me desapegar pelo menos da mania de esperar algo dos outros. Quando esperamos que os outros tenham conosco atitudes que temos para com eles, damos espaço para decepções. A vida é assim. As pessoas podem fazer isso sem querer mesmo, o ser humano é egoísta por natureza.
Sou campeã de tentar ajudar sempre e, quando preciso de uma mão, esperar que ela seja estendida. BALELA. Poucas pessoas têm a capacidade de estender a mão. Isso é um ato de altruísmo que não cabe a todos. E não, as pessoas não fazem por maldade. Somos criados em um mundo que nos ensina a ser assim.
Partindo do pressuposto de nunca esperar nada de quem quer que seja, fico livre para me surpreender positivamente quando atitudes boas vierem até mim. Acho que assim é bem melhor. Lógico, muito mais fácil falar do que fazer né, rs... Sempre dói levar um puxão de orelha quando não se merece... Precisar de uma mão e ouvir um sermão... Mas acho que é preciso trabalhar isso. Pouco, a pouco. Dia a dia. Parar de esperar das pessoas o que elas não podem dar.
"Ninguém dá o que não tem."
É isso. No mais, preciso me cuidar mais. A médica me falou coisas que eu já sabia, logicamente, mas que precisava ouvir da boca de outra pessoa. Me deu o alento de que eu precisava e me mostrou que certas coisas só dependem de mim. Novamente, nada de novo. Mas sempre é bom ouvir certas coisas. Porque há uma grande diferença entre alguém te dar um chacoalhão porque não aguenta mais ouvir tuas reclamações, e alguém te dar o mesmo chacoalhão porque quer te ver bem. Eu senti isso hoje. Ela quer me ver bem.
Também acho que precisamos de mais liberdade. Liberdade para dizer o que quisermos a respeito de nós mesmos (no que diz respeito a falar de outros, me reservo ao direito de evitar sempre chatear quem quer que seja), de abrir o coração. Eu ao menos, não criei um blog para conseguir números de seguidores, visitas ou popularidade. Criei um blog, porque não sou do tipo de pessoa que consegue guardar tudo dentro de si sem consequências. Escrever me acalma, me tranquiliza, é como uma válvula de escape, uma terapia. Essa é a MINHA maneira de me fazer bem. E sim, escrevo para que outros leiam. A mim não interessa um blog restrito. Se interessasse, eu escreveria num diário. Mas para mim, COMPARTILHAR faz a diferença. Nem todos entendem essa necessidade. E nunca pedi para que entendessem. Alguns podem interpretar diferente, mas aí, problema pessoal de cada um. Uns preferem fingir sempre que está tudo bem, já eu não consigo. ESSA SOU EU.
"Cada um por si mesmo julga."
O mundo seria melhor se todos víssemos aos outros com bons olhos (bons olhos, não olhos ingênuos). e tentássemos entender que cada um tem seu jeito e que o que serve para mim, não serve para você e tudo fica desse jeito mesmo.
Enfim, fiquem com essa musiquinha, cuja letra é de ninguém menos que Charles Chaplin, que hoje me fez sentir melhor e pensar que sim, dá pra seguir em frente sempre, de alguma forma:
5 comentários
Que bom que vc está ok e com certeza essa ida à médica te fará ter perspectivas boas, novas, reveladoras, de como se sentir bem com vc, pq isso reflete na saúde, o q é super importante né?
ResponderExcluirBom te ver bem, ah, a letra da música é linda!
Bjos
Denny, essa médica é realmente sua amiga. Porque ela te disse o que realmente você precisava ouvir. Existem aquelas pessoas que só te dizem o que você quer ouvir e não o que realmente deve ser dito.
ResponderExcluirAgradeça todos os dias por existirem pessoas assim na sua vida e... CUIDE primeiro de você, depois ds outros.
Bom Feriado!
Beijinhos
Ainda bem que pelo jeito não é nada grave, embora eu tenha ficado curiosa o.o haha
ResponderExcluirMas é isso aí amiga, se você já sabia e a médica confirmou e te deu um puxão de orelha, se mexe muié! Quero te ver bem e postando no seu blog que eu amo ler! Hunf! u.u
E quando eu li ali "Ninguém dá o que não tem", me lembrei do meu professor de Genética, da faculdade. Ele dizia que essa era a "1ª lei da Genética", hahahaha
Beijão, Dê! Cuide-se!!
Deny, vim retribuir o carinho da visita, amei o seu post... Ler as suas palavras, me fizeram refletir tb sobre a minha vida!!!
ResponderExcluirBeijos, beijos
Simplismente me indentifiquei muito.
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